Acerca do humano

No encontro de 4 de outubro lemos e conversamos sobre o seguinte texto, excerto de uma conferência de Silo cuja versão integral se pode obter neste link.

«Enquanto registar do outro a sua presença “natural”, o outro não passará de uma presença objectal, ou particularmente animal. Enquanto estiver anestesiado para percepcionar o horizonte temporal do outro, o outro não terá nenhum sentido além do para-mim. A natureza do outro será um para-mim. Mas ao constituir o outro num para-mim, constituo-me e alieno-me em meu próprio para-si. Quero dizer: “Eu sou para-mim” e com isso fecho o meu horizonte de transformação. Quem coisifica, coisifica-se e com isso fecha o seu horizonte.

Enquanto não experimentar o outro fora do para-mim, a minha actividade vital não humanizará o mundo. O outro deveria ser para o meu registo interno uma cálida sensação de futuro aberto que nem sequer termina no sem-sentido coisificador da morte.

Sentir o humano no outro é sentir a vida do outro num belo e multicolor arco-íris, que mais se distancia na medida em que quero deter, apanhar, arrebatar a sua expressão. Tu afastas-te e eu reconforto-me, se é que contribuí para romper as tuas correntes, superar a tua dor e sofrimento. E se vens comigo é porque te constituis num acto livre como ser humano, não simplesmente porque nasceste “humano”. Eu sinto em ti a liberdade e a possibilidade de constituir-te em ser humano. E os meus actos têm em ti o meu alvo de liberdade. Então, nem a tua morte pode deter as acções que puseste em marcha, porque és essencialmente tempo e liberdade. Amo, portanto, no ser humano, a sua humanização crescente. E nestes momentos de crise, de coisificação, nestes momentos de desumanização, amo a sua possibilidade de reabilitação futura.»

A não-violência vai fazer a Revolução Mundial

Artigo de José Miranda no blog «o Tirsense»

Esta mascarada enorme 
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
António Aleixo

A oligarquia internacional, os que “fornecem” o dinheiro do mundo (com juros!), não deverá cair sem resistência.
A luta será paradoxal: de um lado os cidadãos do mundo, os 99%, nós todos, fartos de ser escravizados, conscientes da necessidade de criar um sistema que não mate a vida no planeta; do outro a oligarquia, menos de 1% da população mundial. Porém a força e as armas estarão do lado dos 1%, que controlam os governos, os quais controlam os exércitos e as polícias. Continuar a ler A não-violência vai fazer a Revolução Mundial

Meditação pela Não-violência

Evento para comemorar o Dia Internacional da Não-violência

“Humanizar a terra é colocar como valor
máximo a liberdade humana e como
máxima prática social a não-discriminação
e a não-violência.” – Silo

Programa: vídeo sobre a não-violência; experiência guiada o “Inimigo”; troca de ideias e experiências sobre como superar a violência pessoal e social.

Evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/371620929578627/

Proposta de mudança!

Folheto Muito antes da troika já havia problemas: exploração económica, pobreza, violência racial, sexual, de género, pessoas a sofrer por solidão, medo, falta de futuro.

O que nos faz mobilizar agora?

Para que não seja apenas porque agora é a mim que me exploram, e sim por uma mudança profunda deste sistema violento, desumano, que coloca o dinheiro como valor central, os Humanistas propõem:

A nível global
Promover a solidariedade entre os povos, a distribuição justa de recursos, a eliminação da fome, a renúncia à violência como meio de resolução de conflitos.
Banca pública sem fins lucrativos; gestão e decisão participadas pelo trabalho e o capital nas empresas; descentralização do poder; educação e saúde gratuitas para todos.

A nível local
Priorizar os problemas do sítio onde vivo/trabalho, lançar frentes de acção com outros e adequadas a esses problemas. Criar centros de comunicação direta para discutir os problemas económicos, sociais, de saúde, educação, habitação.

A nível pessoal
Cada um deveria esforçar-se por conseguir que coincida aquilo que pensa, com o que sente e o que faz, modelando uma vida coerente e escapando à contradição que gera violência. Aprender a comunicar com o melhor de si mesmo e com o melhor dos outros e a tratar os outros como se quer ser tratado.

Esta é a verdadeira mudança.

Seminário do Guia Interno

No próximo sábado, no Parque Minho, vamos participar no seminário sobre o guia interno. Começa às 10h e termina às 18h. Quem quiser vir diga para combinarmos o transporte. Quanto ao almoço, é um pique-nique partilhado, como de costume.

Convite para seminário

Todos sabemos que estamos a viver tempos de grande crise num mundo que está em mudança para um futuro diferente do que conhecemos. Sentimos isto nas nossas vidas e daqueles que nos são próximos.

Nestas situações de grande necessidade as pessoas procuram orientação e a mensagem de Silo convida-nos a olhar para dentro de nós próprios.

Por isso, o trabalho de “configuração” do Guia Interno é um trabalho pessoal importante e valioso que nos ajudará a aprofundar e a avançar na direção de uma vida coerente e com sentido, baseada na unidade interna e na expansão para o mundo com as melhores qualidades humanas: sabedoria, bindade e força.

Projeto local de democracia real

Com este projeto aspiramos a mobilizar as pessoas que vivem e trabalham em Paranhos para que sejam protagonistas da mudança pessoal e social, na direção de um mundo mais justo e solidário, começando pela comunidade onde vivem ou trabalham.

Para isso é necessário promover a comunicação direta entre as pessoas, o estudo e a reflexão, criando âmbitos onde se possa aprofundar o sentido das nossas vidas e em conjunto discutir os problemas económicos e sociais, e onde se ponham em marcha planos de ação de acordo com as soluções encontradas. Continuar a ler Projeto local de democracia real

Oficina do fogo

Cartaz sobre a oficina do fogo

O sentido desta oficina é obter um conhecimento interno e profundo sobre o processo evolutivo do ser humano através do que se sabe ter sido o trabalho de conservação e produção do fogo e de diversos materiais a partir dai.

Trataremos de reproduzir, como protagonistas, esta experiência fundamental e assim, tal como terá acontecido com os nossos antepassados hominídeos, poderemos também nós chegar a contactar com elementos do sagrado ligados a esta experiência.

O encontro de apresentação desta oficina será na esplanada dos jardins do Palácio de Cristal, no dia 8 de Setembro às 16 horas.

http://oficinadofogo.blogspot.pt/