O sentido da vida

No encontro do dia 18 de março lemos e conversamos sobre o seguinte texto, extrato de uma conferência de Silo.

Mas também pode ser visto [o sentido da vida] de forma mais técnica, pode ser visto agora desde o seguinte ponto de vista: “o que é que acontece na consciência humana?”, “como funciona a cabeça humana?”. “A cabeça humana não pode funcionar sem futuro, qualquer coisa que queiramos fazer exige futuro, exige imaginação. “Quero beber um copo de água”, então tenho de ir à cozinha, “quero ir a tal lugar”, então devo imaginar esse lugar. Qualquer atividade do ser humano exige obrigatoriamente que esteja a funcionar o futuro na consciência, Assim como o passado está a pesar na nossa cabeça, na nossa memória, tudo o que nos aconteceu, o que aprendemos, as coisas boas, as coisas não tão boas, tudo isso está a pesar na nossa cabeça, também dessa forma está a pesar aquilo que nós pensamos sobre o futuro, e de acordo ao que pensemos sobre o futuro, assim vai ser a situação em que estamos hoje.

Acostumamo-nos a pensar que tudo aquilo que nos acontece hoje é nada mais que produto do passado. Então as pessoas acreditam que o que lhes acontece hoje é por causa daquilo que fizeram, e dizem: “ah, se tivesse feito as coisas de outra maneira a minha vida seria de outro modo também”. Isso em parte está certo, só em parte, porque de acordo com o que eu estiver a pensar ou a sentir, ou a temer do futuro, assim também é como me posiciono hoje na realidade que me cabe viver.

Um pequeno presente…

No encontro do dia 11 de março lemos e trocamos impressões sobre um excerto de um discurso de Silo cujo texto integral se pode encontrar aqui.

Como hoje estamos numa celebração (e em algumas celebrações as pessoas trocam presentes), gostaria de te dar uma prenda que tu verás se merece ser aceite. Trata-se, na realidade, da recomendação mais fácil e prática que sou capaz de oferecer. É quase uma receita de cozinha, mas confio em que irás além do que assinalem as palavras…

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Divulgação da mostra de vídeos – calendário

Dia Hora Lugar Localização
sexta, 1 23h Contraste R. Dr. Manuel Pereira da Silva
(metro Polo Universitário)
sábado, 2 11h Guido’s R. Costa Cabral
(perto da Areosa)
terça, 5 22h Lusco Fusco R. Dr. Manuel Pereira da Silva
(metro Polo Universitário)
quarta, 6 13h R’CA Rua do Amial
(perto da Arca d’Água)
quarta, 6 18h Pousada das Almas Circunvalação
(em frente ao Hospital de S.João)
domingo, 10 11h Barcarola R. Costa Cabral
(perto do metro Combatentes)
segunda, 11 16h Ó Café R. Professor Joaquim Bastos
(perto da Arca d’Água)
quarta, 13 21h30 Sandy R. Costa Cabral
(perto do metro Combatentes)

A violência, o Estado e a concentração de poder

No encontro do dia 4 de março trocamos impressões sobre este texto, excerto da “4ª carta aos meus amigos”, escrita por Silo em Dez.1991

O ser humano, pela sua abertura e liberdade para escolher entre situações, diferir respostas e imaginar o seu futuro, pode também negar-se a si mesmo, negar aspetos do corpo, negá-lo completamente como no suicídio ou negar outros. Esta liberdade permitiu que alguns se apropriem ilegitimamente do todo social, quer dizer, que neguem a liberdade e a intencionalidade de outros, reduzindo-os a próteses, a instrumentos das suas intenções. Aí está a essência da discriminação, sendo a sua metodologia a violência física, económica, racial e religiosa. A violência pode instaurar-se e perpetuar-se graças ao manejo do aparelho de regulação e controlo social, isto é: o Estado. Em consequência, a organização social requer um tipo avançado de coordenação a salvo de toda a concentração de poder, seja esta privada ou estatal.

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