Não-violência ativa

A violência pode ser superada mediante um trabalho de mudança intencional e simultâneo no campo social e no pessoal.

A metodologia da não-violência ativa tem raízes muito antigas: em diferentes filosofias, religiões, códigos éticos, sistemas legais, etc. Isto gerou incontáveis antecedentes de condutas e de luta não-violenta em grupos, movimentos, personalidades, etc. Já mais recentemente encontramos os exemplos destacados de Mohandas Karamchand (Mahatma) Gandhi e de Martin Luther King. Atualmente, temos a expressão mais acabada no pensamento de Silo e do seu trabalho social.

A não-violência promove uma nova atitude perante a vida e tem como ferramentas principais:

  • a não-colaboração com as práticas violentas;
  • a denúncia de todos os atos de violência e discriminação;
  • a desobediência civil face à violência institucionalizada;
  • a organização e mobilização social, voluntária e solidária;
  • o desenvolvimento das virtudes pessoais e das mais profundas aspirações dentro de cada um.

Esta metodologia tem formas precisas que definem claramente um modo de pensar, um modo de sentir e um modo de atuar. A sua aplicação tem indicadores claros que permitem, a cada indivíduo e a cada conjunto medir a sua eficácia em função da superação dos problemas de dor e sofrimento a que podem estar submetidos.

Qual é a forma de atuar e os parâmetros precisos que definem esta metodologia de ação na conduta pessoal e social?

  1. Um trato pessoal baseado na seguinte regra básica de conduta: “trato os outros como quero ser tratado”;
  2. Uma conduta interna e externa baseada na coerência: “atuo com base naquilo que penso e sinto que é o melhor para a minha vida e a vida daqueles que me rodeiam”;
  3. Recuso, denuncio e não colaboro com as diferentes formas de violência que se expressam ao meu redor.

Quais são os indicadores pessoais e sociais que mostram a bondade e a eficácia desta conduta?

  1. O crescimento da felicidade e a liberdade naqueles que exercitam esta conduta e no seu meio imediato.
  2. A diminuição ou o retrocesso dos fatores que geram sofrimento pessoal e violência social.
  3. Uma sociedade mais justa, onde haja igualdade de oportunidades e onde se respeite e valorize a diversidade.
  4. A transformação de uma democracia formal numa democracia real.

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