Jardim imaginário – Retrato de um novo espírito comunitário

Cartaz que convida à exposiçãoExposição de fotografia

7 de novembro a 6 de dezembro no espaço E-Learning Café – Asprela
na Rua Alfredo Allen, Porto (Metro Pólo Universitário)

A exposição “Jardim Imaginário – retrato de um novo espírito comunitário” é uma mostra de mais de dois anos de iniciativas sociais na zona habitacional de Areosa – Paranhos.

As fotografias foram captadas por pessoas diferentes em atividades muito diversas, que vão desde um fórum de vizinhos a uma feira de trocas ou um piquenique. Na maioria dos casos, o cenário é um terreno camarário abandonado conhecido como “Jardim Imaginário”, onde os moradores da zona gostariam que fosse construído um jardim público com parque infantil e tendo, para tal, entregado uma petição à Câmara Municipal do Porto em dezembro de 2013.

A necessidade de encontrar âmbitos de comunicação e entreajuda para superar uma crise geral de solidão e individualismo levou ao nascimento do projeto Humanistas pela não-violência em 2012. Desde essa altura as iniciativas em Paranhos têm crescido, à medida que o espírito de comunidade se fortalece e a desconfiança em relação ao outro perde terreno.

Com a exposição fotográfica “Jardim Imaginário”, pretende-se dar a conhecer uma experiência de humanização nesta zona habitacional do Porto e também partilhar aquilo que não se pode explicar: um alegria profunda por podermos construir um projeto que nos aproxima verdadeiramente de outras pessoas.

A inauguração da exposição ocorrerá no dia 7 de novembro às 18H00 e estará patente, no espaço universitário E-Learning Café Asprela, até dia 6 de dezembro. No âmbito da exposição será exibido um filme dedicado ao tema da não-violência no dia 26 de novembro e está prevista a realização de um dia aberto à iniciativa dos estudantes universitários, no dia 3 de dezembro.

Parques, praças e jardins

Piquenique no jardim imaginário

Circulávamos pelo parque General San Martín de Mendoza, esperando que se fizesse um pouco mais tarde para reunirmos com outros amigos. As ma­jestosas árvores amparavam-nos com as suas sombras, deixando passar ainda as últimas luzes já avermelhadas desse entardecer. A atmosfera ganhava magia e eu fiz algum comentário sobre isso…

“Os parques, as praças e os jardins têm as suas raízes muito longíquas, numa espécie de memória ancestral comum a todas as culturas, na remi­niscência do meio rural, que é o nosso âmbito conjunto. Dali proviemos todos, afirmou Mario. E continuou: a nossa espécie era nómada e sedentarizou-se. Do­mesticou as plantas, os animais, até os metais. Organizou-se em assentamentos, enterrou os seus mortos, observando a natureza foi aprendendo. Quando deixou caídas algunas sementes e continuou a sua marcha, ao regressar encontrou-as germinadas e compreendeu que podia semeá-las e vê-las crescer no futuro. Advertiu os ciclos e ritmos, as distintas estações foram alegorizadas e houve sempre um renascer. Essa nova primavera, essa esperança, volta a surgir uma vez mais a partir dos gelos; das escuras trevas, o ciclo continua e abre caminho à evolução.

Continuar a ler Parques, praças e jardins

Encontro para troca de serviços

É  já no próximo dia 18 que se realiza o encontro para troca de serviços.

Cartaz alusivo ao evento

Dentro da comunidade de amigos e vizinhos, queremos desenvolver o espírito de entreajuda e reciprocidade (eu sou ajudado e ajudo outras pessoas) e valorizar o que o outro tem de melhor.
Vamos partilhar o nosso tempo, sem recorrer a dinheiro.
Para se inscrever, é preciso vir ao encontro mensal da Rede de Trocas e preencher uma ficha indicando o que é que precisa/gostaria de aprender e que serviços pode prestar. Deve indicar igualmente o número de horas que pode disponibilizar para esta atividade.
É também nestes encontros que as pessoas que estão inscritas avaliam a atividade, organizam a Rede e a sua divulgação. É muito importante que as pessoas que participam nesta rede se conheçam pessoalmente, para fortalecer a confiança.