» meditação pela não-violência
Textos debatidos nos últimos encontros
Acerca do humano
No encontro de 4 de outubro lemos e conversamos sobre o seguinte texto, excerto de uma conferência de Silo cuja versão integral se pode obter neste link.
«Enquanto registar do outro a sua presença “natural”, o outro não passará de uma presença objectal, ou particularmente animal. Enquanto estiver anestesiado para percepcionar o horizonte temporal do outro, o outro não terá nenhum sentido além do para-mim. A natureza do outro será um para-mim. Mas ao constituir o outro num para-mim, constituo-me e alieno-me em meu próprio para-si. Quero dizer: “Eu sou para-mim” e com isso fecho o meu horizonte de transformação. Quem coisifica, coisifica-se e com isso fecha o seu horizonte.
Enquanto não experimentar o outro fora do para-mim, a minha actividade vital não humanizará o mundo. O outro deveria ser para o meu registo interno uma cálida sensação de futuro aberto que nem sequer termina no sem-sentido coisificador da morte.
Sentir o humano no outro é sentir a vida do outro num belo e multicolor arco-íris, que mais se distancia na medida em que quero deter, apanhar, arrebatar a sua expressão. Tu afastas-te e eu reconforto-me, se é que contribuí para romper as tuas correntes, superar a tua dor e sofrimento. E se vens comigo é porque te constituis num acto livre como ser humano, não simplesmente porque nasceste “humano”. Eu sinto em ti a liberdade e a possibilidade de constituir-te em ser humano. E os meus actos têm em ti o meu alvo de liberdade. Então, nem a tua morte pode deter as acções que puseste em marcha, porque és essencialmente tempo e liberdade. Amo, portanto, no ser humano, a sua humanização crescente. E nestes momentos de crise, de coisificação, nestes momentos de desumanização, amo a sua possibilidade de reabilitação futura.»
Cartas aos meus amigos
Este texto faz parte do livro «Cartas aos meus amigos» de Silo.
No encontro de 27 de setembro lemos e conversamos sobre o excerto que publicamos neste artigo.
A não-violência vai fazer a Revolução Mundial
Artigo de José Miranda no blog «o Tirsense»
Esta mascarada enormecom que o mundo nos aldraba,dura enquanto o povo dorme,quando ele acordar, acaba.António AleixoA oligarquia internacional, os que “fornecem” o dinheiro do mundo (com juros!), não deverá cair sem resistência.
A luta será paradoxal: de um lado os cidadãos do mundo, os 99%, nós todos, fartos de ser escravizados, conscientes da necessidade de criar um sistema que não mate a vida no planeta; do outro a oligarquia, menos de 1% da população mundial. Porém a força e as armas estarão do lado dos 1%, que controlam os governos, os quais controlam os exércitos e as polícias. Continuar a ler A não-violência vai fazer a Revolução Mundial
Meditação pela Não-violência
Evento para comemorar o Dia Internacional da Não-violência
“Humanizar a terra é colocar como valor
máximo a liberdade humana e como
máxima prática social a não-discriminação
e a não-violência.” – Silo
Programa: vídeo sobre a não-violência; experiência guiada o “Inimigo”; troca de ideias e experiências sobre como superar a violência pessoal e social.
Evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/371620929578627/
Oficina do fogo – 1ª sessão
Vídeo da 1ª sessão da Oficina do Fogo, no Parque Minho
Proposta de mudança!
Muito antes da troika já havia problemas: exploração económica, pobreza, violência racial, sexual, de género, pessoas a sofrer por solidão, medo, falta de futuro.
O que nos faz mobilizar agora?
Para que não seja apenas porque agora é a mim que me exploram, e sim por uma mudança profunda deste sistema violento, desumano, que coloca o dinheiro como valor central, os Humanistas propõem:
A nível global
Promover a solidariedade entre os povos, a distribuição justa de recursos, a eliminação da fome, a renúncia à violência como meio de resolução de conflitos.
Banca pública sem fins lucrativos; gestão e decisão participadas pelo trabalho e o capital nas empresas; descentralização do poder; educação e saúde gratuitas para todos.
A nível local
Priorizar os problemas do sítio onde vivo/trabalho, lançar frentes de acção com outros e adequadas a esses problemas. Criar centros de comunicação direta para discutir os problemas económicos, sociais, de saúde, educação, habitação.
A nível pessoal
Cada um deveria esforçar-se por conseguir que coincida aquilo que pensa, com o que sente e o que faz, modelando uma vida coerente e escapando à contradição que gera violência. Aprender a comunicar com o melhor de si mesmo e com o melhor dos outros e a tratar os outros como se quer ser tratado.
Esta é a verdadeira mudança.
Seminário do Guia Interno
No próximo sábado, no Parque Minho, vamos participar no seminário sobre o guia interno. Começa às 10h e termina às 18h. Quem quiser vir diga para combinarmos o transporte. Quanto ao almoço, é um pique-nique partilhado, como de costume.
Todos sabemos que estamos a viver tempos de grande crise num mundo que está em mudança para um futuro diferente do que conhecemos. Sentimos isto nas nossas vidas e daqueles que nos são próximos.
Nestas situações de grande necessidade as pessoas procuram orientação e a mensagem de Silo convida-nos a olhar para dentro de nós próprios.
Por isso, o trabalho de “configuração” do Guia Interno é um trabalho pessoal importante e valioso que nos ajudará a aprofundar e a avançar na direção de uma vida coerente e com sentido, baseada na unidade interna e na expansão para o mundo com as melhores qualidades humanas: sabedoria, bindade e força.