Os princípios

No encontro do dia 22 falamos do seguinte texto, parte do livro Humanizar a Terra de Silo.

XIII. OS PRINCÍPIOS

Diferente é a atitude perante a vida e as coisas quando a revelação interna fere como um raio.

Seguindo os passos lentamente, meditando no dito e no ainda por dizer, podes converter o sem-sentido em sentido.

Não é indiferente o que faças com a tua vida. A tua vida, submetida a leis, está exposta perante possibilidades a escolher.

 Eu não te falo de liberdade. Falo-te de libertação, de movimento, de processo. Não te falo de liberdade como algo quieto, mas sim de libertar-se passo a passo, como se vai libertando do necessário caminho percorrido aquele que se aproxima da sua cidade. Então, “o que se deve fazer” não depende de uma moral longínqua, incompreensivel e convencional, mas sim de leis: leis de vida, de luz, de evolução.      

Eis os chamados “Princípios” que podem ajudar na busca da unidade interior.

1. Ir contra a evolução das coisas é ir contra si mesmo.

2. Quando forças algo para um fim, produzes o contrário.

3. Não te oponhas a uma grande força. Retrocede até que ela se debilite; então, avança com resolução.

4. As coisas estão bem quando avançam em conjunto, não isoladamente.

5. Se para ti estão bem o dia e a noite, o Verão e o Inverno, superaste as contradições.

6. Se persegues o prazer, acorrentas-te ao sofrimento. Mas, contanto que não prejudiques a tua saúde, goza sem inibição quando a oportunidade se apresente.

7. Se persegues um fim, acorrentas-te. Se tudo o que fazes é realizado como se fosse um fim em si mesmo, libertas-te.

8. Farás desaparecer os teus conflitos quando os entendas na sua última raiz e não quando os queiras resolver.

9. Quando prejudicas os demais, ficas acorrentado. Mas, se não prejudicas outros, podes fazer tudo o que queiras com liberdade.

10. Quando tratas os outros como queres que te tratem, libertas-te.

11. Não importa em que facção ou grupo te puseram os acontecimentos. O que importa é que compreendas que tu não escolheste nenhum grupo.

12. Os actos contraditórios ou unitivos acumulam-se em ti. Se repetes os teus actos de unidade interna, já nada poderá deter-te.

Serás como uma força da natureza quando à sua passagem não encontra resistência. Aprende a distinguir aquilo que é dificuldade, problema, inconveniente, disto que é contradição. Se aqueles te movem ou te incitam, esta imobiliza-te num círculo fechado.

Quando encontres uma grande força, alegria e bondade no teu coração; ou quando te sintas livre e sem contradições, imediatamente agradece no teu interior. Quando te aconteça o contrário, pede com fé e aquele agradecimento que acumulaste voltará convertido e ampliado em benefício.

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