Encontro do dia 17 de junho

Neste encontro trocamos impressões sobre este texto:

Excerto de uma conversa com Silo, em 28 de setembro de 1978 nas Canárias (Espanha)

O trabalho de um mestre, o trabalho de um instrutor é muito importante. Mas em épocas de urgência, o trabalho de um guia é o de maior importância. Não vamos falar do que sucede atualmente no mundo. Todos sabemos que nos aproximamos aceleradamente de uma crise universal. Também sabemos que se estão a perder todas as referências. É um momento grave, semelhante ao momento anterior a um naufrágio. Neste tipo de situação os mestres e os instrutores devem converter-se em guias. O mundo já está nas trevas e precisa de referências. Será necessário que se acendam os archotes dos guias. E se isso se puder cumprir, poderá dizer-se: “porque o mundo estava nas trevas, veio a Luz ao mundo”.

Noutros tempos as religiões foram referências vivas para o ser humano. Depois as ideologias cumpriram com esse importante papel. Hoje as religiões retrocedem e as ideologias desintegram-se.

(…)

O niilismo está presente porque fez do coração do Homem a sua morada. Que moral se mantém de pé? E que valores? E que sentido na vida?

Não acrescentaremos nós confusão à confusão. Pelo contrário: despertaremos no ser humano a experiência básica que é a que dá sentido à vida. A experiência básica não é um ensinamento especializado. A experiência básica vive-se, ela comunica-se com a ação e desperta renovada noutros corações. Porque a experiência básica é forjadora de um novo sentido de vida.

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