O sentido da vida

No encontro do dia 18 de março lemos e conversamos sobre o seguinte texto, extrato de uma conferência de Silo.

Mas também pode ser visto [o sentido da vida] de forma mais técnica, pode ser visto agora desde o seguinte ponto de vista: “o que é que acontece na consciência humana?”, “como funciona a cabeça humana?”. “A cabeça humana não pode funcionar sem futuro, qualquer coisa que queiramos fazer exige futuro, exige imaginação. “Quero beber um copo de água”, então tenho de ir à cozinha, “quero ir a tal lugar”, então devo imaginar esse lugar. Qualquer atividade do ser humano exige obrigatoriamente que esteja a funcionar o futuro na consciência, Assim como o passado está a pesar na nossa cabeça, na nossa memória, tudo o que nos aconteceu, o que aprendemos, as coisas boas, as coisas não tão boas, tudo isso está a pesar na nossa cabeça, também dessa forma está a pesar aquilo que nós pensamos sobre o futuro, e de acordo ao que pensemos sobre o futuro, assim vai ser a situação em que estamos hoje.

Acostumamo-nos a pensar que tudo aquilo que nos acontece hoje é nada mais que produto do passado. Então as pessoas acreditam que o que lhes acontece hoje é por causa daquilo que fizeram, e dizem: “ah, se tivesse feito as coisas de outra maneira a minha vida seria de outro modo também”. Isso em parte está certo, só em parte, porque de acordo com o que eu estiver a pensar ou a sentir, ou a temer do futuro, assim também é como me posiciono hoje na realidade que me cabe viver.

Deixar uma resposta