Como superar a violência?

Enquanto o ser humano não realizar plenamente uma sociedade humana, ou seja, uma sociedade em que o poder esteja no todo social e não apenas numa parte que submete o conjunto, a violência será o signo sob o qual se realizará toda a atividade social.

A não-violência promove uma nova atitude perante a vida e tem como ferramentas principais:

  • a não-colaboração com as práticas violentas;
  • a denúncia de todos os atos de violência e discriminação;
  • a desobediência civil face à violência institucionalizada;
  • a organização e mobilização social, voluntária e solidária;
  • o desenvolvimento das virtudes pessoais e das mais profundas aspirações dentro de cada um.

A metodologia da não-violência ativa tem raízes muito antigas em diferentes correntes filosóficas, religiões, códigos éticos, sistemas legais, etc.
Mais recentemente encontramos os exemplos de Gandhi e Martin Luther King, e a expressão mais completa da não-violência ativa no pensamento de Silo e na sua obra social.

Confundir não-violência com pacifismo conduz a numerosos erros.
O pacifismo encara temas como os do desarmamento, fazendo disso a prioridade essencial de uma sociedade, quando na verdade o armamentismo é um caso de ameaça de violência física que responde ao poder instituído por uma minoria que manipula o Estado.
O tema do desarmamento é de importância capital. No entanto, mesmo que tenha êxito na sua procura, o pacifismo não modificará por isso o contexto da violência.

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