A 7ª marcha do orgulho LGBT do Porto realiza-se no próximo sábado e vamos participar distribuindo à população um folheto denunciando a violência da discriminação em função da orientação sexual.
«Discriminar em função da orientação sexual é uma forma de violência.
A violência é um problema de todos!
Há outras formas de violência que são as impostas pela moral filisteia. Tu queres impor a tua forma de vida a outro, tu deves impor a tua vocação a outro… mas quem te disse que és um exemplo que se deve seguir? Quem te disse que podes impor uma forma de vida porque a ti te apraz? Onde está o molde e onde está o tipo para que tu o imponhas? Eis outra forma de violência. – Silo, in “A cura do sofrimento”
A violência não é só física…
Também se exerce violência quando se nega a liberdade das pessoas, as suas intenções e escolhas, tratando-as como objetos. Há violência quando se incute medo ou ódio; quando se tenta impor uma forma de pensar ou um estilo de vida.
A violência é a expressão de um sistema desumano e de uma direção de vida contraditória; é um estado primitivo do desenvolvimento do ser humano e pode ser superada mediante uma mudança intencional, social e pessoal em simultâneo, usando a metodologia da não-violência ativa. A não-violência é uma atitude perante a vida cujas ferramentas principais são:
- A não-colaboração com práticas violentas;
- A denúncia de todos os atos de discriminação e violência;
- A desobediência civil frente à violência institucionalizada;
- A organização e a mobilização social, voluntária e solidária;
- O desenvolvimento das qualidades pessoais e das melhores e mais profundas aspirações humanas.